2 de agosto de 2010

Eleições 2010 - O brasileiro está preparado para votar?

Eleições 2010 - O brasileiro está preparado para votar?

Todas as orientações acima são válidas para você começar agora a avaliar os candidatos. Mas, na verdade, o ideal seria que a sua pesquisa sobre a vida deles já tivesse começado há mais tempo, não só na boca das eleições. E que não fosse meramente uma pesquisa, mas uma interação contínua com a política. "A gente tem que assumir o governo como sendo nosso e não usar só o voto como expressão política. O voto é apenas uma das expressões políticas possíveis. Nós deveríamos ter ações políticas cotidianas: reclamar em relação aos serviços públicos, se filiar a ONGs, fazer trabalho voluntário, defender nossos direitos de consumidor, acompanhar pela imprensa e pela internet a atuação dos políticos
Quando votar nulo, em branco, na legenda
Ao contrário do que muita gente pensa, votar nulo não é a mesma coisa de votar em branco. Por muito tempo, eles pareceram a mesma coisa porque, antes da urna eletrônica, muita gente votava nulo por não saber como preencher a cédula. Escreviam recadinhos para seus candidatos ou marcavam mais de um candidato. E o voto acabava sendo anulado, sem o eleitor querer.
Agora, o nulo e o branco voltaram a ter os seus respectivos papéis originais. O voto em branco é o voto da apatia. Quem vota em branco está dizendo: "eu não estou nem aí para estas eleições. Não gosto de política, sou alienado. Escolham por mim". Já o voto nulo é uma forma de protesto. Você está dizendo: "não gosto destes candidatos, não me sinto representado por nenhum deles".
Não só o significado de cada um é diferente, bem como o efeito. Existe, sim, a possibilidade do voto nulo resultar no cancelamento das eleições. Segundo o artigo 224 do Código Eleitoral que diz que "se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do país nas eleições presidenciais, do estado nas eleições federais e estaduais, ou do município nas eleições municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações, e o Tribunal marcará dia para nova eleição dentro do prazo de 20 (vinte) a 40 (quarenta) dias". Apesar da Constituição Federal, no artigo. 77, definir que votos nulos e brancos não são computados - contrapondo-se assim à determinação do Código Eleitoral -, vai depender da decisão de um juiz se as eleições seriam válidas, segundo o TRE.
O problema, no entanto, é que as novas eleições seriam feitas com os mesmos candidatos, o que acaba não fazendo sentido. "Além disso, as novas eleições acarretariam um rombo nos cofres públicos, uma vez que custaria ao país R$ 20 bilhões", explica o juiz do TRE-SP (Tribunal Regional de São Paulo) José Joaquim dos Santos.
Para alguns especialistas, o voto nulo é tido como um retrocesso democrático. "Quem vota nulo está dizendo 'me comandem, porque eu não sei dirigir, vou sentar no banco de trás. Voto nulo é tiro no pé", diz Negrão. O cientista político Charles Pessanha, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) também é contra votar nulo. "Na época da ditadura, poderia até fazer sentido. Mas agora você tem todo o direito de votar num candidato e, se ele não for bom, você pode trocar o candidato nas próximas eleições. Todas as pessoas têm direito à representação. Todas as tendências têm direito à representação. Então, tudo quanto é grupo foi trazido para dentro do sistema político. A oferta de candidatos é muito grande. Não faz sentido votar nulo", diz. Jairo Nicolau, cientista político do Iuperj (Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro), também contesta o nulo: Não é possível que, entre os milhares de candidatos que existem, não se encontre algum que possa ser digno de voto".

4 comentários:

Paulo Roberto Brandão disse...

1. Boa reflexão, os politicos tem duas opções, Social Media e SEO. Mas vamos pensar quantos políticos sabem o que é SEO ou PPC, bom acho que poucos. Os políticos brasileiros vão ter que ralar muito em suas campanhas no meio online. Vai ser um momento de aprendizado.
Com a entrada do Blog do Planalto, por mais que tenha ocorrido “alguns” problemas pode ajudar abrir a mente de nossos politicos. Tomara também que os políticos consigam olhar a campanha de Barack Obama e resgatem alguns conceitos de como unir web e política.
2. Quero ver político prometendo na internet e não cumprindo. Vai ter que fechar o site de tanta gente bombardeando

3.As eleições 2010 funcionarão como um teste para identificarmos o poder da internet na eleição de um candidato. O exemplo da eleição de Obama pode não se repetir por aqui.
Podemos também observar que os custos de campanha podem diminuir evitando, assim, as grandes doações de camapanha que escravizam os políticos quando feitas por empresários mal intencionados.

LAÇOS DA ALMA disse...

saudações SR um belo texto, meu blog foi excluido fiz outro e gostaria muito q o SR seguisse novamente felicidades Anna Rebbecca

Ana Cavalcantti disse...

Oieee
Eu nunca votei em branco ou nulo ! E já sei qual o meu voto !
Também acho demais quem abandona o voto, não sabe em quem votar , mas depois vai saber reclamar rs !!
Agora realmente essa questao internet e politicos afff...seguuuuuura rs...pq é o maior meio de bombardear que temos hj em dia, o que eu já nem sei se é bom, por ser prático demais o pessoal adere fácil ao bombardeio, a dificuldade de muitos está em agir e pensar fora dela !
Beijoooos

Paulo Roberto Brandão disse...

direitos humanos ( dr; hélio bicudo)
segunda-feira, 26 de julho de 2010

Não há democracia sem acesso à Justiça
A falta de acesso à Justiça, em especial nas faixas da pobreza e da marginalidade, é uma das violações de direitos humanos que, lamentavelmente, vem sendo esquecida e, o que é mais grave: não obstante alguns poucos tenham consciência das omissões nessa área, ela continua sendo desprezada, como se Justiça fosse algo inatingível para o comum dos mortais. Estamos em plena campanha eleitoral para a presidência da República e governos dos Estados, sem que este assunto de tanta relevância seja objeto dos planos de governo.Na primeira legislatura dos anos 1.990, apresentei à consideração da Câmara dos Deputados um projeto de reforma dos órgãos da Justiça, para torná-los mais próximos dos jurisdicionados, determinando uma descentralização de seus vários setores – o que por si só seria suficiente para tornar os serviços judiciários mais ágeis e eficientes.Esse projeto, na sua tramitação na Câmara e no Senado – muito embora não se negasse a necessidade de operar-se uma reforma na estrutura do Poder Judiciário – desaguou num substitutivo que resultou em alterações sem o menor significado, quando não se constituíram em retrocesso, tendo em vista