13 de fevereiro de 2011

Rio de Janeiro -Brasil-Operação Guilhotina: arsenal da quadrilha é apresentado pela PF



Fernando Torres
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A Polícia Federal apresentou, na tarde deste domingo, o material apreendido durante a Operação Guilhotina, que indiciou 45 e prendeu 38 pessoas — sendo 20 policiais militares e dez policiais civis — acusadas de formarem um quadrilha que vendia armas e informações sigilosas a traficantes de drogas, além de formarem grupos de milicianos. Até o momento, de acordo com o delegado da PF Allan Dias, foram contabilizados uma granada, dois fuzis 556 (um deles com luneta), duas carabinas 38, sete pistolas calibres 380 e 40, um revólver 38, cinco mil projéteis de fuzis e pistolas de diversos calibres, 50 carregadores, 12 rádios comunicadores, duas lunetas, R$ 60 mil e 700 euros (cerca de R$ 1,5 mil) em espécie, 16 relógios.
Munição, armas e dinheiro foram encontradas em quatro residências. Só no endereço de um PM, em Jacarepaguá, estavam uma granada, um fuzil e três pisoltas. A PF também apreendeu cerca de 20 cordões de ouro e prata, que teriam sido furtados pelos policiais, em casas de traficantes, como espólio de guerra, durante as ocupações da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão, em novembro de 2010.
Na moradia do policial civil Stanlei Couto Fernandes, em Bento Ribeiro, os agentes da PF apreenderam munição de fuzil e pistola, que estava dentro de uma caixa de aparelho de jantar, e os 16 relógios, avaliados em R$ 4,5 mil. A outra caixa de munição foi recolhida da 22ª DP (Penha), pois não havia qualquer registro de entrada deste material na unidade, o chamado acautelamento. Na Delegacia de Represssão a Armas e Explosivos (Drae), a PF e a Corregedoria Geral Unificada (CGU) apreendeu 60 sacolés de cocaína, que não estavam atrelados a qualquer registro.
De acordo com Allan Dias, a investigação continua, mas ele afirmou que, com o que foi feito até agora, a quadrilha “perdeu seu cérebro”. Segundo o delegado, o grupo soube que estava sendo investigado e tentou ocultar provas. Pelo menos quatro fuzis ainda estão sendo procurados.
— Ainda vamos abrir alguns malotes, mas grande parte das apreensões já está relacionada. Nós miramos as cabeças das organização criminosas. Nosso trabalho foi preparado para guilhotinar as lideranças para deixarmos acéfalos estes grupos ilegais — ressaltou Dias.
Mais um policial se entrega
O inspetor da Polícia Civil Giovanni Gaspar Fernandes é o 38º preso da Operação Guilhotina. Ele se entregou, por volta das 16h deste domingo, na 16ª DP (Barra da Tijuca). Segundo o relatório da PF, Giovanni faz parte da milícia de seu pai, Ricardo Afonso Fernandes, PM da reserva, no bairro de Ramos, Zona Norte do Rio.
http://extra.globo.com/casos-de-policia/operacao-guilhotina-arsenal-da-quadrilha-apresentado-pela-pf-1064338.html


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Covardia é ...


Covardia é um vício que, convencionalmente, é visto como a corrupção da prudência, oposto a toda coragem ou bravura. É um comportamento que reflete falta de coragem; medo, timidez, poltronice; fraqueza de ânimo; pusilanimidade ou ainda ânimo traiçoeiro.
É o oposto de bravura e de coragem. É algo que te força a não tentar, a não lutar por simples medo, por indecisão, por fraqueza. É deixar de fazer algo, desistir, abandonar pela metade pela falta de confiança em si próprio. É atacar sabendo que o adversário não poderá defender-se. . Mais vale um covarde vivo do que um herói morto”, esse ditado popular nunca me agradou. É por causa desse tipo de pensamento que o Brasil é escravo da corrupção e de tantos outros grupos criminosos.
Para que serve um covarde vivo, se não para satisfazer os seus próprios caprichos? Ele é o primeiro a fugir quando sente o perigo e nunca tem uma opinião firme sobre algo que possa colocar em risco os seus interesses pessoais.


http://vista-se.com.br/redesocial/da-covardia-e-da-contradicao/
Por Bruno Müller
Estive pensando muito sobre covardia e contradição nas palavras e atitudes das pessoas.
Covarde não é simplesmente aquela pessoa que foge do perigo, como aceita o senso comum. De fato, podemos sinceramente dizer que é covarde um homem desarmado que, para preservar sua vida, corre de outro homem armado? Tampouco covarde é simplesmente aquele que tem medo de enfrentar as dificuldades. Todos nós temos medo, mas alguns de nós não nos deixamos paralisar por ele.
Covarde é aquela pessoa que é controlada pelo medo. Covarde é quem se deixa dominar. Covarde é quem deixa de fazer o que é correto por medo das conseqüências. Covarde é quem age tendo em vistas a aprovação alheia.
Mas há um outro tipo de covarde. Um tipo que manifesta sua covardia ativamente, através da agressão. Esse covarde é aquele que inflige dano ao mais fraco, àquele que não pode reagir ou se defender. Esse tipo também tem medo: medo de se confrontar com alguém que lhe possa fazer frente. Decide, então, voltar sua agressividade para onde é mais seguro.
Esses covardes são os homens que espancam as mulheres; os pais e mães que agridem os filhos; os filhos que agridem os pais idosos; as crianças que abusam de outras crianças, mais novas ou mais fracas; os pedófilos que abusam sexualmente das crianças; os torturadores diante dos prisioneiros; os psicóticos que tiram proveito da vulnerabilidade alheia, manipulam, humilham e distorcem as palavras de suas vítimas. E há outro grupo de pessoas que se enquadra nesse perfil: os onívoros. São os covardes ativos.
Há algo de comum a todos os covardes ativos. É o sentimento de poder. Eles agridem, maltratam, matam, torturam, abusam, destróem, simplesmente porque PODEM. Porque eles gostam. Porque extraem PRAZER disso. Claro, alguns deles vão dizer que têm bons motivos para fazer isso, ou que não há como ser de outro modo. Muito freqüentemente ele irá colocar a culpa na sua vítima: ela pediu por isso.
Mas há um equívoco muito grande quando se faz a distinção entre o covarde ativo e o covarde passivo. As pessoas tendem a afirmar que o covarde ativo é mais perigoso, é um risco maior para a sociedade e as pessoas à sua volta.Essa afirmação é falsa.
O covarde ativo pode até ser mais desprezível, pode ser um risco imediato maior e certamente é mais violento, mas o covarde passivo é igualmente nocivo e perigoso, especialmente nos momentos em que a coragem é mais necessária: nos momentos de crise e tragédia. O covarde passivo é igualmente nocivo e perigoso pois é ele que permite que o covarde ativo causa danos sem constrangimentos.
Esse covarde passivo é aquele que se cala diante das ditaduras. Que aceita as injustiças. É aquela pessoa que nada dirá quando temer que seus interesses estejam em jogo. Ele até poderá prosperar nos momentos de infortúnio alheio, pela sua discrição e às vezes pela sua astúcia. O covarde passivo pode ser perverso: aquela pessoa que não suja as mãos de sangue, mas entrega a vítima ao seu algoz. Pode, porém, até ser pessoalmente íntegro, alguém que pessoalmente jamais faria mal a outrem: mas também não se arriscaria jamais por isso. Os covardes são parasitas sociais que não apenas sobrevivem, mas muitas vezes vivem e prosperam graças à tragédia alheia.
Não sejamos, porém, maniqueístas. Todos nós somos covardes às vezes. A coragem é uma qualidade custosa. Não me refiro apenas ao perigo que ela pode trazer consigo, de dano físico, econômico, psicológico ou social. Me refiro também ao esforço que precisamos despender para exercê-la. Pois coragem sempre implica tomar atitudes e decisões. Não é fácil. Mas, se é humanamente impossível ter sempre coragem, é desprezível o ser humano que se pauta pela covardia.


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