21 de fevereiro de 2012

São Paulo rapaz de 22 anos confessa ter assassinado a mãe com16 facadas.


Um jovem confessou à polícia que matou a própria mãe a facadas no último sábado (11), em Perdizes, na zona oeste de São Paulo. Segundo o filho, ele cometeu o crime com a ajuda de um homem e a intenção a princípio era apenas dar um susto.

Inicialmente, a polícia trabalhava com a hipótese de que a vítima havia morrido após tentar defender o filho de um assalto, segundo o relato do próprio jovem. A versão anterior apontava que o filho da vítima havia sido abordado por dois homens quando estava em seu carro, na Barra Funda, e dois supostos assaltantes estavam em uma motocicleta.

Porém, em depoimento na quinta-feira (16), o jovem contou com detalhes como o crime foi cometido. Segundo o jovem, ele agiu acompanhado de um homem que teria dado a primeira facada na vítima. Em seguida, o filho deu outros 16 golpes contra a própria mãe.

A confissão aconteceu depois que o filho foi pressionado durante uma conversa com o delegado. Ele chorou, disse estar arrependido e falou que o motivo que o levou a assassinar a própria mãe é que ela o pressionava demais.

A família discorda que os dois tinham problemas de relacionamento. Mesmo com a riqueza do depoimento, a polícia acredita que o filho pode ser o único autor do crime.

A polícia já desconfiava do suspeito porque a versão era muito contraditória. De acordo com o delegado Luis Fernando Lopes Teixeira, o jeito de falar e de não olhar nos olhos indicava que algo estava estranho.
A violência de caráter endêmico, implantada em um sistema de relações assimétricas, não é um fenômeno novo --dá continuidade a uma longa tradição de práticas de autoritarismo. É provável que você já esteja exausto de ler e ouvir várias dessas recomendações. Faz tempo que a idéia de integrar uma comunidade e sentir-se confiante e seguro por ser parte de um coletivo deixou de ser um sentimento comum aos habitantes das grandes cidades brasileiras. As noções de segurança e de vida comunitária foram substituídas pelo sentimento de insegurança e pelo isolamento que o medo impõe. O outro deixa de ser visto como parceiro ou parceira em potencial; o desconhecido é encarado como ameaça. O sentimento de insegurança transforma e desfigura a vida em nossas cidades. De lugares de encontro, troca, comunidade, participação coletiva, as moradias e os espaços públicos transformam-se em palco do horror, do pânico e do medo.
De dia, ande na rua com cuidado, olhos bem abertos. Evite falar com estranhos. À noite, não saia para caminhar, principalmente se estiver sozinho e seu bairro for deserto. Quando estacionar, tranque bem as portas do carro e não se esqueça de levar o som consigo. De madrugada, não pare em sinal vermelho. Se for assaltado, não reaja --entregue tudo.
A violência urbana subverte e desvirtua a função das cidades, drena recursos públicos já escassos, ceifa vidas --especialmente as dos jovens e dos mais pobres--, dilacera famílias, modificando nossas existências dramaticamente para pior. De potenciais cidadãos, passamos a ser consumidores do medo. O que fazer diante desse quadro de insegurança e pânico, denunciado diariamente pelos jornais e alardeado pela mídia eletrônica? Qual tarefa impõe-se aos cidadãos, na democracia e no Estado de direito?
Hoje, a violência urbana não é uma preocupação exclusivamente brasileira, mas sim um tema que ocupa a vida pública de diversas outras sociedades, tanto nos países pobres como nos desenvolvidos.

Psicólogo afirma que é importante separar a violência cotidiana da delinquência, mas ambas crescem com o uso das drogas e bebidas alcoólicas

O crescimento dos índices de violência doméstica, assaltos, sequestros e outros casos típicos de centros urbanos, que cada vez mais invadem cidades de todos os portes, chama a atenção não só de autoridades da segurança pública, mas também de especialistas em analisar o comportamento humano. O psicólogo Dionísio Banaszewski, que há mais de vinte anos estuda e combate a dependência química, afirma que a violência está intimamente ligada ao uso de drogas, especialmente o álcool, que, segundo ele, é o maior responsável por mortes violentas em todo o país.
O psicólogo percebe, em seus estudos, que o álcool está mais ligado aos casos de violência doméstica e acidentes de trânsito. Já nos casos de violência ligada à delinquência – assaltos, roubos, etc – a ligação é direta com o uso das drogas ilícitas, principalmente o crack. Ele lembra ainda que o uso de drogas “é causa e consequência da violência”. “Causa porque as pessoas buscam as drogas pelas pressões da urbanidade moderna. E consequência porque o consumo leva os cidadãos a cometerem ainda mais atos violentos”, comenta.

A droga é um dos mais visíveis elementos disparadores de toda essa violência, de acordo com o especialista. Um dos principais efeitos das drogas nos organismos é tirar das pessoas o senso de limite. “Ela descortina a censura natural da vida em sociedade. E, sem essa noção de limite, os indivíduos com tendência mais violenta se utilizam dessa descompensação psíquica, dessa sensação de ‘liberdade’, para dar vazão à mais profunda agressividade”, explica o psicólogo.

Uma das ações mais efetivas para reduzir os índices de violência, na visão do psicólogo, é a criação de mecanismos legais para coibir o uso de drogas

A Justiça decretou a prisão temporária do estudante Kleber Tadeu Galasso Gomes, 22 anos, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo. Ele é suspeito de matar a mãe, a empresária Magda Aparecida Galasso Gomes, 53 anos, no apartamento em que moravam no bairro Perdizes, na capital. O jovem confessou o crime à polícia, cometido no sábado.
Conforme o delegado Maurício Guimarães, da Divisão de Homicídios, em seu primeiro depoimento Kleber afirmou que havia sido rendido e levado em casa por um criminoso que teria esfaqueado a mulher, que jogava vôlei em um time de associados do Palmeiras, após reagir ao assalto para defender o filho. Contudo, as investigações apontaram contradições no relato do rapaz, o que o fez confessar. Depois, relatou que foi comprar entorpecentes e que contou a um sujeito que estava ali que não suportava mais a mãe. A convite de Kleber - e mediante pagamento de R$ 400 -, o filho topou ir até o apartamento para dar um susto na mãe, segundo Guimarães.
Segundo o depoimento, a discussão teria ficado acirrada e o rapaz teria dado diversas facadas em Magda. Logo após, o estudante teria pegado a faca e terminado de esfaquear a mãe. "Mas nós achamos que ele esfaqueou a mãe sozinho. A história ainda está mal contada", disse o delegado. "O fato é que houve um homicídio praticado pelo próprio filho, só não sabemos ainda se ele foi autor ou coautor", afirmou.
Obs; O delegado afirma que o rapaz é usuário de drogas.